Em homenagem ao Dia Nacional da Luta da Pessoa com Deficiência, entrevistamos alguns participantes do Grupo Chaverim para ver o que eles acham do assunto e como se sentem no seu dia a dia.
(Foto dos participantes do Grupo Chaverim)
O Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência foi criado no Brasil em 21 de setembro de 1982. Essa data foi escolhida para coincidir com o início da primavera no hemisfério sul e simbolizar um período de renovação e esperança, refletindo a ideia de superação de barreiras e desafios que as pessoas com deficiência enfrentam em suas vidas. Desde então, a data é celebrada neste mesmo dia todos os anos.
“Ainda sofremos com preconceito. Muitas pessoas ainda olham nossas dificuldades, sem pensar em nossas reais capacidades”,
desabafou a participante Lais Taieb.
E é justamente por isso que o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência foi criado. O objetivo principal é conscientizar a sociedade sobre a importância de garantir os direitos, a inclusão e a igualdade de oportunidades para as pessoas com deficiência. Também serve para chamar a atenção para as questões relacionadas à acessibilidade, à eliminação de preconceitos e à promoção de políticas públicas que contribuam para (Foto da participante Lais Taieb)
a melhoria da qualidade de vida dessas pessoas.
“Só consigo me locomover no transporte oferecido pela Hebraica. Nos demais ônibus nem consigo entrar”,
foi o que reclamou a participante Vicki Tuchmajer. A experiência de Joice Heliskzowski também não é das melhores:
(Foto da participante Vicki Tuchmajer)
“Não se respeita PCDs no metrô, não nos dão nem o nosso direito à prioridade”.
Além de nos chamar para essa luta, a data também é uma oportunidade para todos refletirmos sobre as barreiras que ainda impedem a plena e total inclusão e participação de pessoas com deficiência na vida social, econômica e cultural do país. Para o Artur Berl conseguir e manter um emprego, algo tão essencial para todos, vem sendo uma dificuldade nos últimos tempos, como comentou:
(Foto da participante Joice Heliskzowski)
“É muito difícil ingressar no mercado de trabalho com um olho só”.
Nós do Chaverim destacamos a importância de se trabalhar continuamente na construção de uma sociedade mais inclusiva e acessível para todos os cidadãos, independentemente de suas condições físicas, intelectuais, psicossociais ou outras deficiências. Camila Bigio Grynszpan, a coordenadora técnica do Chaverim, concorda e acrescenta:
(Foto do participante Artur Berl)
“Atendemos pessoas com deficiência intelectual e psicossocial e um dos grandes desafios é proporcionar vivências significativas, promover a sociabilização para que sejam protagonistas de suas histórias e sintam-se pertencentes. Possibilitar que estejam em diversos espaços públicos é um dos passos para romper a invisibilidade dos nossos participantes.”
(Foto da colaboradora Camila Bigio Grynszpan)
댓글