Madrichá (monitora) do Grupo Chaverim há anos, Agatha conta sobre como foi conquistada e passou a fazer parte da história da instituição.
Glossário
Madrichim - monitores (plural)
Madrichá - monitora
Chanichim - participantes do Chaverim (plural)
Chanich - participante do Chaverim (singular)
Agatha Hencsey

Agatha tem 39 anos e é formada em psicologia. O motivo da escolha de sua profissão, ela mesma explica.
Quis fazer esta faculdade pois quando pequena, a irmã de uma amiga nasceu com Síndrome de Down, e por preconceito na época, ouvi de várias pessoas que ela não "seria ninguém". Como tinha um pai psicólogo e uma mãe professora, houve uma estimulação desde cedo. Vi ela falar francês, hebraico e inglês ainda pequena... Sempre foi muito risonha e alegre.
Não sabia exatamente o que era estimulação precoce, ou pessoas com deficiência, mas falei para minha mãe que gostaria de transformar pessoas que não "seriam ninguém" em pessoas felizes que podiam fazer o que quisessem!
Atualmente atua como monitora nas atividades de fim de semana, momento em que nossos participantes visitam diversos lugares na cidade de São Paulo e realizam atividades no Clube Hebraica, sempre acompanhando a sociabilização dos participantes do Chaverim.
Ela conta um pouco sobre sua história no Grupo Chaverim.
Há quanto tempo está no Chaverim e como você o conheceu?
Há 14 anos! Conheci através da bibliotecária da Hebraica que soube que eu queria trabalhar com inclusão e me falou sobre o grupo.

Como madrichá, qual é seu principal objetivo com os chanichim nas atividades?
Que se sintam pertencentes à sociedade, protagonistas de suas vidas e acolhidos.
Isso de forma leve e divertida, onde cada experiência seja única.

Em que momento você percebeu ou percebe que fez diferença e conseguiu seu objetivo?
Quando vejo um olho brilhando por uma conquista, descoberta e/ou recebo um abraço bem apertado de um chanich ou familiar em forma de agradecimento.
Como foi realizar as atividades de fim de semana pensando na sociabilização dos chanichim em meio à pandemia?
Inicialmente, a preocupação era que se sentissem acolhidos e continuarem, mesmo que de forma diferente, com sua vida social. Porém, fomos aperfeiçoando com erros e acertos as atividades onde, assim como o presencial, pudessem aprender, refletir e se divertir com seus amigos.

E como tem sido o realizar as atividades presenciais e online?
Bem bacana, pois percebemos que muitos chanichim que nunca vinham presencialmente participam no online e muitas vezes tentamos juntar ambos para que possam se ver.
Como você vê o desempenho dos participantes agora, ao retornarem do isolamento da pandemia para as atividades presenciais?
Inicialmente estavam ansiosos para saber como seria e se um dia voltaria ao "normal". Cheios de expectativas e ansiedade! Cada vez mais estão se apropriando das atividades e retomando a serem protagonistas de suas escolhas e vontades.

Qual foi o momento mais marcante no Chaverim que você lembra?
Minha festa de casamento junto aos chanichim e familiares! Receber amor de todos que sabiam que faziam parte dessa linda história!
Como você espera que o Chaverim esteja daqui uns anos?
Que possamos atender cada vez mais chanichim para que mais pessoas tenham liderança, realizações, aprendizados e mais diversão em suas vidas.

Defina o Chaverim em uma palavra.
Realização.
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