Liliana Albalá é mãe da Gabriela Albalá, participante do Grupo Chaverim, e também voluntária das oficinas de Movimento e Gourmet, além de vice-presidente da organização. Liliana está sempre presente nos eventos e participa ativamente da organização das celebrações do grupo.
Como você conheceu o Chaverim?
Mali Carola, parente, me apresentou o Chaverim e falou maravilhas do grupo.
O que te fez escolher, como mãe, inscrever a Gabi no Chaverim?
Primeiramente, quis muito ver minha filha Gabriela inserida num grupo social no qual se sentisse acolhida entre amigos,. Além disso, uma das minhas grandes dores foi a de que Gabi, por ser portadora da Síndrome de Down, não pode estudar numa escola judaica. O Chaverim proporcionou esta havaya, vivência do judaísmo. Ela passou a perceber que além da família, outras pessoas iguais a nós também cultivavam a mesma crença e a mesma cultura.
(Foto de Liliana Albalá)
O que te levou a querer ser voluntária?
Desde que Gabriela nasceu, a causa da inclusão tornou-se uma meta de vida. Participei de diversos projetos em defesa à pessoa com deficiência, atuando energicamente. Em 2015, entrei para a diretoria do Chaverim. Montei a oficina de Movimento, desenvolvendo com os chanichim práticas do Tai Chi Chuan e de terapias chinesas, buscando benefícios para a saúde física e mental.
Por ter sido coordenadora pedagógica e ter acumulado muita experiência no decorrer de mais de 30 anos, passei a colaborar com ideias e intervenções psicopedagógicas para aprimorar o trabalho desenvolvido.
No período de férias e entre festas judaicas criei oficinas de arte para produzir com os chanichim símbolos judaicos.
Em 2018 foi criada a oficina Gourmet e eu, que sempre gostei de culinária, me ofereci a participar. Encabeçada por Nadine Tzmerina, e com a participação de um grupo de voluntárias maravilhosas, hoje minhas amigas queridas, desenvolvemos um projeto com objetivos consistentes. Não é uma oficina de culinária onde só se aprende a cozinhar. É muito mais; na oficina Gourmet os chanichim tem a oportunidade de expandir seu conhecimento de mundo, num ambiente harmônico, com afeto e camaradagem.
(Fotot de Liliana Albalá vestindo avental e touca durante explicação para participantes da oficina Gourmet)
Por que você escolheu participar da diretoria?
Fui convidada pela Ester Tarandach e aceitei. Percebi que poderia contribuir com o Chaverim.
O que o Chaverim significa para você?
O Chaverim é uma causa de vida. Ele é um propósito. Precisamos fortalecê-lo não só para os que já usufruem do grupo, mas também para as novas gerações.
O que o Chaverim trouxe para ou mudou na sua vida?
Pela primeira vez, uma entidade judaica realmente levanta a bandeira da inclusão e eu faço inteiramente parte desse processo.
(Foto de Liliana Albalá dando a Oficina de Movimento para participantes do Grupo Chaverim)
Você recomendaria participar do Chaverim para outras pessoas com deficiência intelectual ou psicossocial? Por que?
Certamente eu indico o Chaverim para todas as pessoas com deficiência intelectual e deficiência psicossocial. Ter um grupo no qual a pessoa se sinta parte, onde de faça amigos, troque aprendizagens, informações, experiências, emoções, é fundamental.
Para as pessoas que estão buscando o voluntariado, você recomendaria o Chaverim?
Para quem deseje realmente desenvolver um trabalho voluntário, no Chaverim encontrarão um ambiente profícuo para desenvolver um trabalho de qualidade. Serão retribuídos com gratidão e afeto.
(Foto de Liliana Albalá apresentando o Seder de Pré Pessach no microfone)
Mais alguma coisa que você gostaria de acrescentar? Alguma curiosidade, recado final ou pedaço da sua história no Chaverim?
Sou grata a todos que fazem parte desta linda história de 29 anos do Grupo Chaverim, por promover a autonomia e a inclusão das pessoas com deficiência intelectual e psicossocial na sociedade, para garantir que elas tenham as mesmas liberdades e oportunidades que todas as pessoas. Minha filha Gabriela está feliz no Chaverim ♡