Nos dias 24 e 25 de setembro, aconteceu o Yom Kipur, também conhecido como o Dia do Perdão. É um dos dias mais importantes do calendário judaico e ocorre no décimo dia do mês de Tishrei.
(Foto dos participantes, voluntários e colaboradores do Grupo Chaverim quando foram visitados pelo Sheliach Geral Shay e pelo Sheliach Demian do Fundo Comunitário)
Yom Kipur é um dia de jejum, arrependimento, rezas e reflexões. Durante este dia, os judeus do mundo todo procuram "fazer as pazes" com Deus, com seus amigos e com seus familiares, pedindo perdão por qualquer coisa que possam ter feito de errado, mesmo sem saber.
O jejum em Yom Kipur dura aproximadamente 25 horas e é proibido comer ou beber qualquer coisa. É um momento especial, de elevação espiritual, em que se renega o corpo físico para dar mais atenção à alma. Quando questionado sobre o jejum, o participante Edgar Pucci respondeu:
“Eu fiz o jejum, aguentei inteiro. Eu gosto muito das festas judaicas, eu e a minha família.”
(Foto do participante Edgar Pucci segurando um pacote de canetinhas na mão direita)
Além do jejum e das rezas, Yom Kipur é um momento para fazer uma autoavaliação honesta, assumir os erros cometidos e se arrepender verdadeiramente, pedir perdão e perdoar aqueles que possam ter te magoado. A voluntária Adriana Denise Sarue Beinisch, que é uma das condutoras da Oficina de Música e Cultura Judaica Ilana Zucker Z'L, ajudou os participantes a conhecerem mais sobre o Dia do Perdão.
“Nas oficinas de cultura judaica, entendemos 3 conceitos importantes que nos preparam para o Yom Kipur: teshuvá, que é o momento de refletir, pedir desculpas e desculpar. A Tefilá, ou conexão com Deus, e a Tzedaká, justiça social.”
(Foto de alguns participantes do Grupo Chaverim sentados à mesa, com livros abertos, durante a oficina de Música e Cultura Judaica)
Para se preparar para essa data tão especial, os participantes do Grupo Chaverim aprenderam sobre as rezas e os costumes de Yom Kipur nas oficinas de Música e Cultura Judaica, debateram sobre o tema amizade, perdão e acolhimento, cantaram o hino de Israel e realizaram um costume especial chamado de Tashlich, durante o qual se recitam algumas rezas a beira de um mar, rio ou lago com peixes e depois simbolicamente, se esvaziam os bolsos no água. Para a comunicadora do Grupo Chaverim, Muriel Klar:
“Essa é uma tradição que além de importante é divertida e fácil de se fazer, todos conseguimos. Foi um meio de incluir até mesmo os participantes que não jejuam no espírito de agradecimento e perdão”.
(Foto de participantes e voluntárias do Grupo Chaverim fazendo Tashlich em frente ao laguinho da Hebraica)
No caso dos nossos participantes, o Tashlich foi efetuado no laguinho da Hebraica, que contém carpas e tartarugas. Os três últimos versos do profeta Michá, que recitamos durante o Tashlich, contém a explicação para este costume. Dizemos: "Quem é um D'us como Vós, perdoando a iniquidade e perdoando a transgressão aos herdeiros de Seu legado. Ele não reteve Sua ira para sempre, porque Ele se regozija na bondade. Ele mais uma vez terá misericórdia de nós. Ele suprimirá nossas iniquidades; sim, Vós jogareis nossos pecados às profundezas do mar."
Mas por que um lago com peixes? O peixe, no judaísmo, tem uma simbologia especial e nos recorda de D'us. Isso porque os peixes não têm pálpebras e, estando sempre de olhos abertos, veem tudo. Da mesma forma, nada pode se esconder de D’us que é onisciente e onipresente.
(Foto de participantes e voluntárias do Grupo Chaverim em roda, se abraçando e expressando seus desejos para o novo ano)
Para finalizar o Tashlich, os participantes e voluntários se reuniram em roda e se abraçaram, focando na energia do novo ano, agradecendo pelo ano que passou e verbalizando o desejo de cada um para essa nova fase.
“Felicidade, saúde, amor, shalom (paz), união e paciência”
foram algumas das coisas pedidas.
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